Blogue Independente (sem nenhuma ligação ou filiação partidária), criado para alertar a desigualdade e discriminação social, existente na classe dos Técnicos Superiores das IPSS e Misericórdias dos Açores. Visto que, a categoria dos Educadores de Infância, é a única equiparada à função pública. Todos os restantes, aguardam atempadamente, por uma justa e merecida igualdade de oportunidades.








Manifestação dos Técnicos Superiores das IPSS e Misericórdias

Manifestação dos Técnicos Superiores das IPSS e Misericórdias
Realizada no dia 24 de Abril de 2010 em frente ao Palácio da Conceição

sexta-feira, 11 de março de 2011

"Manifestação no sábado em Ponta Delgada com adesão de mais de um milhar de pessoas

Notícia publicada no Correio dos Açores online
"Manifestação no sábado em Ponta Delgada com adesão de mais de um milhar de pessoas: “Gerações à rasca” unidas contra a falta de estratégia política e económica que se vive no país"
Criado no Facebook, começou por ser um movimento da “Geração à rasca” mas que a pouco e pouco ganhou a simpatia de toda a população e agora populariza-se como a união de todas as “Gerações à rasca”. Assim, todos dão as mãos, sábado, pelas 15 horas, numa manifestação pacífica para sensibilizar os governantes do país e da região para as dificuldades que vive o povo, com a falta de estratégia política e económica dos governantes para resolver problemas como a precariedade no emprego, os baixos salários e as baixas pensões de reforma, a falta de médicos de família, o excesso de impostos...

Depois de nos anos noventa ter vingado a ideia de Portugal ter uma “Geração Rasca”, fruto do imaginário colectivo - e lançada por Vicente Jorge Silva - de que após o 25 de Abril, com tanta liberdade a vários níveis, a geração nascida depois de Abril de 1974 do século passado pouco contributo dava ao país, quer na sabedoria quer no respeito, hoje aparece a “Geração à Rasca”, porque todos têm dificuldades em manter o emprego, apesar de ser a melhor formada, em termos de escolarização. Temos milhares de licenciados que têm emprego fora das suas áreas de formação, com rendimentos mensais baixos, e milhares de licenciados no desemprego. Em contraste, outros milhares nem formação académica têm e figuram na lista dos trabalhadores indiferenciados, só que com a quebras na construção civil, na restauração e no sector hoteleiro o desemprego é o caminho que estas pessoas estão fazendo, com a agravante de que emigrar sem formação também não é fácil como o foi para a “Geração Rasca”. Contudo, desde que nasceu o movimento da “Geração à Rasca” evoluiu e agora deu lugar às “Gerações à Rasca”. Porque viver em Portugal não está a ser fácil para muita gente, devido à falta de emprego e aos cortes de austeridade, o movimento que nasceu no Facebook espalhou-se por várias cidades do país e Ponta Delgada não é excepção. Assim, no sábado, pelas 15h00, mais de novecentas pessoas confirmadas e mais novecentas indecisas – segundo a previsão – mas muitas outras se podem juntar vão manifestar-se pacificamente no centro de Ponta Delgada [Portas da Cidade] contra o “aperto de cinto” que o país vive.
Desencadear a mudança
Diogo Pereira, estagiário em Marketing e Multimédia, estagiário, e um dos organizadores da manifestação das “Gerações à Rasca”, em Ponta Delgada, disse ao Correio dos Açores”, tal como o manifesto que subcrevem, que o evento «pretende ser a manifestação de desempregados, «quinhentoseuristas» e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal”.
O subscritor do manifesto garante que o grupo de cidadãos de cidadãos está a promover a manifestação existe “para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa dos Açores e do País. Não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável”. Caso contrário, refere, entre vários pontos, que “defrauda-se o presente, por não termos a oportunidade de concretizar o nosso potencial, bloqueando a melhoria das condições económicas e sociais do país. Desperdiçam-se as aspirações de toda uma geração, que não pode prosperar. Insulta-se o passado, porque as gerações anteriores trabalharam pelo nosso acesso à educação, pela nossa segurança, pelos nossos direitos laborais e pela nossa liberdade. Desperdiçam-se décadas de esforço, investimento e dedicação.
Hipoteca-se o futuro, que se vislumbra sem educação de qualidade para todos e sem reformas justas para aqueles que trabalham toda a vida. Desperdiçam-se os recursos e competências que poderiam levar o país ao sucesso económico”.
Mais adianta Diogo Pereira que a manifestação não pretende “transformar a nossa Democracia numa ditadura, ao contrário do que querem fazer passar, para acrescentar que “estão errados! Queremos, sim, chamar a atenção das entidades governamentais e fazê-las ver o sufoco em que vivemos, a situação precária e promíscua em que estamos. Não vamos eleger novos líderes nem demagogos, não apontamos o dedo a ninguém pois o mal e as decisões erradas vêm do passado”
Polícia reforça segurança
A Polícia de Segurança Pública já foi requerida para estar presente e fazer o controlo da segurança.
O Comissário Ruben Medeiros disse ao Correio dos Açores que não vai haver cortes de trânsito na cidade, pois até agora não há nenhuma indicação neste sentido. “A indicação que tenho é que os manifestantes vão concentrar-se nas Portas da Cidade”, mas se a manifestação alargar-se a outras artérias “o corte de trânsito pode ser uma possibilidade”, garante Ruben Medeiros.
O responsável da PSP pela área das operações afirma que vai haver um reforço policial mas só o estritamente necessário para garantir tanto a segurança dos manifestantes como das pessoas que circulam em Ponta Delgada “mas não vai ser nada de ostensivo nem exuberante, apenas teremos uma força policial de reserva a actuar para garantir que tudo corra bem”.
Autor: Nélia Câmara






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